quarta-feira, 7 de setembro de 2011

A indústria


A indústria urbana surgiu em Maceió através da Fábrica de Fernão velho, inaugurada em 1859 pelo Barão de Jaraguá, que passou a ser conhecido como o Mauá das Alagoas, por ter introduzido a moderna tecnologia da indústria têxtil na Província. Cresceu, foram surgindo novas unidades industriais, tanto na área têxtil, como açucareira (usinas), alimentos e outros ramos de negócios.

Com a chegada do transporte ferroviário, na década de 1880, o setor industrial foi crescendo mais ainda. Apareceram as fábricas de beneficiamento de algodão. Só em Viçosa, funcionaram por muitos anos, duas grandes empresas: a multinacional Anderson Clayton e a alagoana Carnaúba. Também surgiram os curtumes, fábricas de móveis, beneficiamento de côco e pequenas indústrias.

detalhe da usina Serra Grande(USGA),São José da LageQuando da criação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – Senai e Serviço Social da Indústria – Sesi, Alagoas foi beneficiada com esses dois importantes serviços, sempre tendo a frente o industrial Napoleão Barbosa, um verdadeiro “tocar de obras”. Construiu-se o Ginásio de Esportes e a Escola do Sesi: o Ginásio do Sei, ao lado do Estádio Rei Pelé: o Hospital do Sesi (um dos mais modernos do Norte/Nordeste) e a Escola profissionalizante Gustavo paiva, do Senai, além de mais uma outra no Distrito industrial de Maceió, com o nome de Napoleão Barbosa.

Na década de 1950, foi fundada a Federação das Indústrias do Estado de Alagoas, através de Napoleão Cavalcanti Lopes Barbosa, que foi seu presidente durante 40 anos. De lá para cá, novas unidades industriais foram surgindo. E o governo inaugura o Distrito Industrial Luiz Cavalcante, no Tabuleiro do Martins, abrigando novas fábricas. Dois moinhos, foram inaugurados em Maceió; a fábrica de biscoitos e macarrão Brandini, fábricas de beneficiamento de café; de leite: de fumo (em Arapiraca). Cimento Atol, fábricas de tecidos de Delmiro Gouveia, São Miguel dos Campos e Fernão velho, além das mais recentes: Fiasa e Sammer Cotton.

Na década de 1970, logo depois da saida do escritório regional da Petrobrás de Maceió para Aracaju, surge a Salgema Indústrias Químicas, uma gigante do setor cloroquímico, que se constitiu na redenção econômica de Alagoas. E, continua crescendo, aumentando sua produção, modernizando-se, mas já com outro nome: Trikem, do Grupo Odebrescht. Detém ainda a fábrica de PVC, no Distrito Multifabril de Marechal Deodoro, local para onde estão indo as novas unidades industriais, que chegam a Alagoas, apostando em suas potencialidades.

Os usineiros, possuem duas importantes entidades: O Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool e a Cooperativa dos Produtores de Açúcar e do Álcool, que mantém o Terminal Açucareiro, no Porto de Maceió, garantindo um grande movimento de exportação, transformando o Porto no segundo mais movimentado do Nordeste.

A indústria, como geradora de empregos e impostos, vem se modernizando cada vez mais, no avanço da informática. E já vem perdendo a condição de principal geradora de mão-de-obra. É a máquina substituindo o homem, uma tendência mundial, que pelo lado de cá, acentua-se mais ainda. O industrial quer mesmo reduzir custos e benefícios e lucrar cada vez mais. Assim, moderniza sua indústria e fica com o mínimo de empregados para tocá-la. 

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